quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay

Ontem era feriado, cidade semi deserta, ruas vazias.  Acordei cedo,  dia lindo, céu azul, temperatura amena, fui passear de bicicleta. Rodava tranquilo pela ciclovia quando inesperadamente, descendo de um barranco, avisto uma mendiga que me olhava firmemente.

Não pude deixar de perceber, éramos só nos dois naquele encontro de olhares. Não foi um simples cruzamento de olhares, aquilo foi um encontro mesmo. Seus trajes, desalinho, desasseio eram clássicos de uma bruxa tradicional, com uma exceção, não estava montada em uma vassoura, caminhava em minha direção e portava na mão uma vareta de madeira.

À medida que a bicicleta se aproximava, seus olhos me acompanhavam com um sorriso misterioso e encantador. Quando ficamos frente a frente, ela levantou sua “varinha de condão” e gritou muito alto uma expressão que a principio não entendi e me assustou: “Pah”! Naquele momento pensei tratar-se de alguma maluca brincando de fada, porém, na sequência ela emendou “Você vai ficar vinte anos mais jovem”.