Era uma vez uma cidade
imaginária, onde vivia um casal imaginário.
Amavam-se, eram felizes e tiveram filhos gêmeos. Dois meninos idênticos.
Receberam nomes estranhos para a época. Um chamava-se “Só por hoje”, o outro “Para
Sempre”. “Só por hoje” era um pouquinho mais velho, nascera minutos antes.
Tiveram uma infância
relativamente normal, repleta de carinho, amor e histórias infantis.
Deliciavam-se escutando o conto da cigarra e da formiga, pedindo para a mãe
repetir até cansar.
Trata-se de uma fábula comparando a postura dos dois animais em relação ao futuro. Durante o verão, a cigarra queria aproveitar a vida e passava os dias cantando, enquanto a formiga trabalhava sem parar, reunindo alimentos para sobreviver no inverno. Quando chegam os dias de frio e chuva, a cigarra esfomeada não tem o que comer e recorre à formiga para partilhar comida.