Em meu artigo anterior “Ame mais,
fale menos” comentei que amor era apenas uma palavra que sequer conseguia
expressar o sentimento de uma pessoa, quem diria de um casal ou do universo
inteiro. Falar, cantar, conceituar, escrever poemas e novelas sobre o sentimento
amor é fácil. Difícil mesmo é olhar para dentro de si e decifrar aquilo que está
sentindo. Mais complicado ainda é expressar este sentimento. Envolve outra
pessoa, pode causar ressentimentos, mal entendidos. Alguns consideram o assunto
um tabu, não vão a fundo na questão, superficialmente classificam seu
sentimento como amor, declaram-no verbalmente e ponto final.
Mas esta nomenclatura é apenas
uma suposição, não sabem de verdade se aquilo que estão sentindo é amor. Não
existe um manual de comportamentos para saber com certeza se aquilo que sentem
ou fazem pode se enquadrar no rótulo amor. Também pouco importa se o nome do
que você está sentindo é amor ou não, mas pode se tornar essencial, se o outro
imaginar que aquilo que ele sente, nomeia e manifesta não for igual ao que você
lhe revela como amor.
Parece que a convenção para que
um relacionamento funcione, é que as definições de amor sejam semelhantes ou
quase iguais. E nem sempre são compatíveis. Pena que grande parte dos casais só se dê conta
disto e venha a apreciar com mais cuidado seus sentimentos quando a falta de
sintonia começa a apresentar sintomas.