Aconteceu com meu pai, e só fui saber
agora, dois anos depois do seu falecimento. Certa vez uma noiva ao entrar na
igreja, desencadeou uma crise de falta de ar tão intensa, que precisou ser
levada ao hospital. Foi atendida por meu pai, especialista em asma e alergia,
porém não conseguiu se recuperar a tempo de retornar à cerimônia. Infelizmente
o casamento teve que ser cancelado. Convidados e familiares ansiosos,
constrangidos e preocupados aguardaram na igreja até receberem a noticia de que
a noiva passava bem e remarcaria uma nova data para o evento. Imaginem a
situação do noivo.
Passada a crise, Anita, a noiva,
iniciou um tratamento medicamentoso a base de vacinas dessensibilizantes e,
concomitantemente, uma terapia de apoio, pois ataques de asma podem ser
provocados por abalos emocionais. Combinaram que a data do matrimônio seria
marcada quando médico, psicólogo e noivos estivessem tranqüilos de que aquela
cena não mais se repetiria.