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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Entre o medo e a esperança

 

Quando assistimos pela primeira vez na televisão, finalzinho de fevereiro de 2020, era tudo muito estranho, quase inacreditável. Pessoas morrendo nas ruas, hospitais lotados, cidade de Wuhan sitiada, ninguém entrava nem saía, todos usando máscaras, proibidos de sair de casa. Médicos apavorados não sabiam o que estava acontecendo. Parecia um filme de ficção científica. Mas isso estava acontecendo na China, lá no fim do mundo, do outro lado do planeta, jamais iria nos atingir. Até mesmo porque a cidade ficou em isolamento, marginalizada, apartada do resto da humanidade. Pra falar a verdade, nem sabíamos se aquilo estava mesmo acontecendo.

Não demorou muito e o drama se espalhou pela Europa. Só que ingenuamente acreditamos que nunca chegaria por aqui. O vírus não atravessaria um oceano e não resistiria ao calor tropical. Lá era inverno, neve, frio; aqui estávamos na quentura do verão, o vírus se afogaria no mar ou derreteria antes de nos atacar. Passaram-se algumas semanas, Espanha e Itália repetindo o drama chinês, foi a hora da Organização Mundial de Saúde decretar que estávamos frente a uma pandemia. Alguns de nós nunca havíamos escutado esta palavra, mas parecia algo sério que incluía todos os continentes e todos nós.

domingo, 17 de janeiro de 2021

Quer saber o seu futuro?

 

Se você teve a sorte de vir a este mundo, continua vivo e tem condições de pensar, em algum momento vai procurar respostas sobre as grandes perguntas da vida. Como tudo começou, como vai terminar, qual a razão de tanto sofrimento, o que acontece após a morte... E basicamente vai ter dois caminhos para escolher.

Segundo a Ciência, houve uma grande explosão no espaço em que um átomo primordial se expandiu. Teoria do Big Bang. Como resultado da explosão, uma esfera incandescente se resfriou, originando o universo. Reações químicas foram se desencadeando ao acaso formando micro organismos que evoluíram até chegar ao que conhecemos hoje como “Homem”.

Segundo a Bíblia, Deus criou o céu e a terra. Durante seis dias foi criando o ar, a água, as árvores, animais e, por último, criou o “Homem”. No sétimo dia descansou. O que Deus fez em seis dias, segundo o Gênesis, a natureza parece ter levado quinze bilhões de anos.

A Bíblia conta 5781 anos desde a criação do mundo, a Ciência estima a idade do mundo em cerca de 15 bilhões de anos. É muita divergência. Alguns tentaram unificar o sagrado e o profano, explicando que talvez Deus tenha criado o mundo e depois o abandonou a própria sorte, outros concluíram que a discrepância era enorme e optaram entre Deus e a Ciência, mas a maioria da população pensante convive entre a dúvida e a indecisão.

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Esperando o Covid partir


Estou escrevendo estas linhas preso no isolamento profilático/terapêutico do Coronavirus. Não está sendo fácil ficar trancado entre quatro paredes, sem contato físico social e, pior de tudo, sem saber o que vai acontecer comigo nos próximos dias. Acho que já passei por todas as fases psicológicas deste adoecer recluso. Tomara que sim, pois já estou quase chegando no meu limite de autocontrole. Vou tentar contar minha experiência, assim me sinto útil e, ao mesmo tempo,  exercito um pouco meu cérebro já cansado desta novela estressante  e malquista.

A primeira fase foi a de auto diagnóstico, mas também poderia ser chamada de hipocondríaca.  Comecei a sentir uma tosse. Leve, seca, e nem muito frequente. Logo imaginei que poderia ter me contaminado e fui investigar outros sintomas. Cheirava tudo à minha volta para ver se ainda possuía olfato. Desconfiei que não estava mais sentindo o mesmo gosto pela comida. Suspeitei que estivesse com falta de ar durante a noite. Também comecei a antever que logo iniciaria a febre, acompanhada de dores pelo corpo. Termômetro ao lado da cama, conferia a temperatura de hora em hora.  De concreto mesmo, só uma tosse seca muito insignificante, o que me levou para a segunda fase: negação.

Aquilo não poderia ser uma contaminação, afinal estava me cuidando, tomava todas as precauções, não podia estar acontecendo comigo. Deveria ser um simples resfriado ou garganta seca devida ao calor ou ar condicionado. Ignorei o sintoma e segui com a vida como se nada estivesse acontecendo, evitando pensar na tosse. No entanto, passei para a terceira etapa, a dúvida.

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Fé ou não Fé?


Este é um artigo sobre fé, se você não tem, não vá adiante, nem perca seu tempo.

Opa! Continuou a leitura. Depois não diga que não avisei. Então, antes de prosseguirmos, é bom deixar claro o que entendo por fé. Convicção intensa, persistente e incondicional em algo ou alguém, ainda que não haja nenhum tipo de evidência objetiva racional que comprove a veracidade da hipótese. Nenhum dos cinco sentidos humanos consegue identificar o objeto da fé, não pode ser visto, ouvido, cheirado, degustado ou tocado, no entanto, existe a certeza da visão e palpação do invisível.

Mais um detalhe, não há espaço para fé e dúvida no mesmo coração, ou seja, ou a pessoa tem fé ou não tem. Não existe um pouquinho de fé, nem meia fé. Também não se deve confundir religião com fé. Religião é uma instituição com missa, culto, oração. Fé é gratidão, confiança, crença. Podem até se misturar, mas não obrigatoriamente. Agora que a fé já está bem conceituada, ainda dá tempo de desistir e fazer outra coisa, pois vamos seguir com fé.  

Uau, ainda aqui? Ou você é muito curioso ou é uma pessoa de fé. Já, já vamos descobrir. Você tem fé nos políticos e governantes? Lembra que não existe meia fé, não é? Acredita que abrindo e fechando cidades, montando hospitais de campanha, decretando regras desencontradas, estão realmente empenhados em defender a população do coronavirus sem nenhum interesse pessoal ou partidário? O poder público será nossa salvação, está escondendo algo ou se encontra completamente perdido? Como está sua fé no governo e tribunais de justiça? Acredita neles? Sim ou não?

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Estamos Juntos?

Haicai é uma forma extremamente pequena de poesia, surgida no Japão durante o século XVI, que valoriza a concisão e objetividade. A idéia é transcender a limitação imposta pela linguagem usual e pensamento científico-linear e transmitir a percepção da essência de um local, momento, drama em apenas 17 silabas. Tudo precisa estar refletido em poucas palavras.

Em seu livro “Shogun”, James Clavell descreve esta forma de expressão como uma parte do ritual onde o guerreiro samurai escreve um Haicai antes de cometer o suicídio.
Exemplo: “Barco de papel naufraga na torrente chuva de verão” ou “Estas pimentas! Acrescentai-lhes asas e serão libélulas”.

Se já é difícil descrever o significado de uma existência, imagine agora fazer isto em apenas 17 silabas.