A palavra mais utilizada da língua portuguesa deve ser o "porque".
O ser humano precisa de uma explicação lógica para quase tudo, e o “porque” é a ferramenta predileta para esclarecimentos, seja perguntando ou respondendo. Se a resposta iniciar com um belo “porque”, metade do trabalho já está pronto, nem precisa esclarecer direito. Existindo um “porque”, por mais absurdo e sem sentido que seja, a coerência parece refeita. O “porque”, por si só, tem o poder intrínseco de acalmar o interlocutor.
O ser humano precisa de uma explicação lógica para quase tudo, e o “porque” é a ferramenta predileta para esclarecimentos, seja perguntando ou respondendo. Se a resposta iniciar com um belo “porque”, metade do trabalho já está pronto, nem precisa esclarecer direito. Existindo um “porque”, por mais absurdo e sem sentido que seja, a coerência parece refeita. O “porque”, por si só, tem o poder intrínseco de acalmar o interlocutor.
Por que o voo está atrasado?
Porque o avião precisou fazer uma revisão nas turbinas. A atendente do balcão
responde e o passageiro se satisfaz com a explicação, que justifica o atraso,
mas não resolve o problema. Segundo
Nietzsche, precisa existir um “porque” e então a gente aguenta qualquer “como”.
O problema é que quase nunca existe um único “porquê” ou
um “porquê” definitivo para determinada situação. Geralmente respondemos com o
“porque” mais instantâneo ou desenvolvemos
uma explicação conforme a vontade do
freguês.