David era um menino que não sabia direito a origem de seu
nome. Seu pai dizia que era uma homenagem ao grande mágico americano David
Copperfield, a mãe replicava alegando que deu o nome pensando no rei David, o
grande sábio de Israel. Seja como for, eram duas grandes personalidades
inspiradoras para sua vida.
Aos cinco anos de idade, como presente de aniversário, foi
levado a Las Vegas para assistir ao show de mágicas de seu suposto
influenciador nominal. Ficou encantado. Ao final, mais uma surpresa, tirou
fotos, abraçou e foi presenteado com a varinha mágica do próprio David
Copperfield.
No outro dia, ainda no quarto do hotel, chorava copiosamente.
Havia sido enganado pelo ídolo. A varinha presenteada não fazia mágica alguma.
Era falsa. Frustrado, magoado e indignado com seu xará, enfiou a varinha num
saco e prometeu que seria um mágico muito melhor que seu homônimo.