quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Em caso de paixão, use o cérebro!



Bom dia
A pauta de nossa reunião hoje é curta, mas de importância vital para nossa integridade. A situação está piorando, os resultados péssimos e as queixas se acumulando. Se continuarmos assim, seremos ultrapassados pela concorrência e logo decretaremos falência. Chamei vocês dois aqui, Coração e Cérebro, em regime de urgência, para comunicar  uma pequena alteração em suas atribuições.
Coração, teu desempenho das funções orgânicas tem sido excelente ao longo de todos estes anos, mas no que tange as questões ditas “do coração”, está deixando a desejar. Continua a se comportar como um adolescente. Será que todos os treinamentos e reciclagens pelas quais temos investido não surtiram efeito?
Em primeiro lugar, comete erros de seleção dignos de um estagiário. Mais ainda, repete com freqüência o mesmo padrão. Esqueceu as lições que o cérebro te ensinou sobre sinais de que o outro está desinteressado? Mesmo depois de todas nossas conversas ainda é ingênuo, mole e inocente demais. Demora muito para escolher alguém, mas quando isso acontece, é totalmente passional. Cria lógicas malucas, nunca pede parecer algum para o cérebro e decide tudo sozinho. Doa-te por inteiro, não cobra nada, acredita que todos são sinceros e ama com todas as forças.


Falling in Love? Call the brain!



Good morning
Our meeting this morning will be short but of crucial importance to our integrity. The situation is getting worse, results are terrible and complaints pilling up. If we insist on going this way we’ll be outdone by competitors and file for bankruptcy. I called both of you here, Heart and Brain, urgently, to announce some slight changes in your attributions.
Heart, your performance of organic functions has been excellent for all years, but considering the so called “matters of the heart” you are coming up short. You still behave like a teenager. Haven’t all those training and retraining programs had any effect?
First, you make selection mistakes worthy of an intern. Besides that you frequently repeat the same pattern. Have you forgotten the lessons about the signals the other is not interested? Even after all our talks you are still naive, too innocent and a fool. You take a lot of time to choose someone but when it happens it is totally passionate. You create a crazy logic, never ask the brain any advice and decide everything by yourself. You give all of you, do not deman anything, believe everyone is sincere and love with all your strength.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O "Sim" que vale por um "Não"


Vou iniciar contando uma piada antiga, a diferença entre o político e a mocinha. Quando o político diz “sim”, significa “talvez”. Quando fala “talvez”, quer dizer “não”, e quando diz “não”, deixa de ser político.  Por outro lado, quando a mocinha diz “não”, tem o significado de “talvez”. Quando fala “talvez”, quer dizer “sim”, e quando diz “sim”, deixa de ser mocinha.

Sem entrar no mérito da piada, a intenção foi apenas ilustrar quantas vezes dizemos “sim”, quando na verdade gostaríamos de falar “não” e vice versa. Será que é mais fácil dizer um “sim” que um “não”? Dizer “sim” não demanda muitas explicações, mas dizer “não” quase sempre exige uma justificativa. Em tese, se você concordar e aceitar terá maiores chances de agradar e ser bem quisto pelos outros.

Por isto, algumas pessoas dizem “sim”, mas terminam agindo como um “não”. Você não queria ir à praia, mas não conseguiu recusar o convite. Vai mas fica emburrado o tempo todo, sequer pisa na areia. “Sim” verbalizado e “não” na atitude. O contrário também é verdadeiro. Você diz que não vai  comprar mais nada até o final do ano, na outra semana chega em casa com uma linda bolsa  adquirida por uma bagatela na liquidação. “Não” prometido e conduta de “sim”. Pode estar havendo uma espécie de conflito entre consciente e inconsciente que se manifesta por um engano entre o verbal e o comportamental.