Mensagem recebida pelo Facebook: “Fiquei
feliz em te ver no restaurante. Estás muito bem!”
Resposta ao amigo: “Querido Carlos, por
que não vieste conversar comigo? Somos amigos e eu também ficaria muito feliz
em te rever, trocar um abraço e algumas palavras. Dá próxima vez, deixa de lado
o computador, a rede social e senta comigo. Vai ser mais divertido.”
Estamos sendo dominados e virando
prisioneiros da tecnologia que nós mesmos criamos. Só que a prisão não é uma
cela pequena e escura onde ficamos isolados. Pelo contrário, é uma tela que nos
oferece um universo sem fronteiras, repleto de distrações e amigos
virtuais. Podemos com um pequeno computador realizar mil atividades diferentes
e concomitantes. Mandar e receber e-mails, mensagens, torpedos, assistir
televisão, ver filmes, realizar buscas, namorar, fazer sexo, conectar com
pessoas do mundo inteiro.
Entretanto, apesar da suposta liberdade, a
pena é a mesma: Isolamento em uma vida pequena, trancada na solidão de uma
telinha e amarrada a uma rede social virtual que prefere mostrar fotos e não
emoções, conversa horas sem contato
visual, curte sem ao menos ler o que está escrito, cruza por você na rua e nem
lhe cumprimenta. Criamos telefones inteligentes e nos tornamos burros.