No passado,
médicos acreditavam que pacientes, por se encontrarem enfermos, não tinham
outros compromissos e prioridades, a não ser esperar pelo atendimento do
doutor, que com o consultório sempre abarrotado, lhes socorreria na medida do
possível. Do alto de seus tronos, criaram então salas de esperar. Colocaram
algumas cadeiras e revistas velhas e julgaram que a resignação dos pacientes
seria uma constante eterna.
Os tempos mudaram. Surgiu o telefone, a
recepcionista, a secretaria, o computador, o celular, o marketing, a gestão, a
concorrência, os planos de saúde, a mídia, a especialização, e a sala de espera
precisou se readaptar. Não poderia continuar sendo um amontoado de cadeiras
dispostas ao redor de uma sala ou corredor, onde pessoas esperavam até que algo
acontecesse.