terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Conto de fadas moderno

Quando éramos crianças, adorávamos dormir escutando contos de fadas. Os finais eram sempre felizes, mas os começos muito tristes. Com freqüência existia um padrasto ou madrasta má, alguém que se perdia, estava muito doente, era espancado, seqüestrado, engolido. O enredo das histórias envolvia crueldade e injustiça, para no final surgir o amor e os mocinhos viverem felizes para sempre. Nossos pais não sabiam, mas é claro que estas histórias de amor romântico contadas ao pé da cama, mais tarde trariam conseqüências.

Crescemos, acabou a fantasia, caímos na realidade. Nosso mundo está cheio de injustiça, maldade, mentira, inveja, egoísmo, doenças, sofrimento. Nos contos de fadas sempre havia um herói para reverter a situação e encerrar o livro com um final feliz. E na vida real, onde estão estes heróis?

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Alma gêmea, difícil de explicar, fácil de sentir

Sabe aquela situação onde você quebra o braço, precisa engessar e então começa a reparar um monte de gente com braços machucados como o seu? Ou quando quer comprar uma bolsa e de repente começam a desfilar na sua frente pessoas com marcas, cores e modelos diferentes? Parece que ficamos mais ligados e nossos sentidos começam a funcionar como um radar, detectando em qualquer lugar aquilo que estamos procurando.

Depois do episódio do cão que me acompanhou na corrida de rua e partiu por falta de despojamento meu em adotá-lo, passei a ficar mais atento.  Olho para os lados na esperança de encontrar novamente minha alma gêmea corredora. Talvez esta atenção  esteja exercendo algum poder de atração.

Depois de uma semana correndo e procurando sem sucesso o cão, uma adolescente começou a me seguir na rua, exatamente como ele fizera.  Feliz e sorridente como uma criança brincando, seus passos ao meu lado eram leves e soltos.  Percebendo que ela não teria fôlego para me acompanhar, diminui o ritmo e expliquei que tinha treinamento aeróbico e por isto minha velocidade era maior.  Não convencida com o argumento, a menina levantou a blusa e mostrou sua barriga dizendo que estava em forma e iria correr comigo.