Quando
estive na Universidade Hebraica de Jerusalém, durante uma das aulas, o
professor de filosofia fez o seguinte comentário: “Nós, aqui no Oriente Médio,
vivemos em estado de guerra constante. Cada vez que saímos à rua, existe o
perigo de uma bomba, um atentado, um míssel caindo do céu, entretanto, quando
chegamos em casa, temos paz. Nosso lar é nosso refúgio. Vocês do Ocidente,
vivem em aparente paz na rua, no trabalho, nas escolas, no shopping, mas quando
chegam em casa, maridos, esposas e filhos entram em conflito. O lar é vosso campo de batalha".
Saí da aula um pouco atordoado com a provocação. Racionalizei comigo mesmo, argumentando que vivíamos em culturas completamente distintas e não cabiam julgamentos do tipo bom ou ruim, certo ou errado. Além disto, o professor não sabia que vivíamos no Brasil e que aqui também não é nenhum paraíso. O simples fato de andarmos na rua também nos coloca em risco, seja pela violência dos assaltos, como do trânsito. Assim sendo, nossa “guerra civil” também poderia funcionar como um elemento de união.
Saí da aula um pouco atordoado com a provocação. Racionalizei comigo mesmo, argumentando que vivíamos em culturas completamente distintas e não cabiam julgamentos do tipo bom ou ruim, certo ou errado. Além disto, o professor não sabia que vivíamos no Brasil e que aqui também não é nenhum paraíso. O simples fato de andarmos na rua também nos coloca em risco, seja pela violência dos assaltos, como do trânsito. Assim sendo, nossa “guerra civil” também poderia funcionar como um elemento de união.