terça-feira, 28 de agosto de 2012

Estamos Juntos?

Haicai é uma forma extremamente pequena de poesia, surgida no Japão durante o século XVI, que valoriza a concisão e objetividade. A idéia é transcender a limitação imposta pela linguagem usual e pensamento científico-linear e transmitir a percepção da essência de um local, momento, drama em apenas 17 silabas. Tudo precisa estar refletido em poucas palavras.

Em seu livro “Shogun”, James Clavell descreve esta forma de expressão como uma parte do ritual onde o guerreiro samurai escreve um Haicai antes de cometer o suicídio.
Exemplo: “Barco de papel naufraga na torrente chuva de verão” ou “Estas pimentas! Acrescentai-lhes asas e serão libélulas”.

Se já é difícil descrever o significado de uma existência, imagine agora fazer isto em apenas 17 silabas.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O que te impede de beijar assim?

A idéia de escrever um texto contando como foi meu aprendizado do “melhor beijo do mundo” e deixar a revelação da técnica em suspense, tinha a intenção explícita de estimular a fantasia dos leitores, porém a proposta era ainda maior. Gostaria também que refletissem acerca de quem, como, quando e porque estão beijando ou deixando de dar e receber este presente.
Não existe a fórmula do beijo perfeito ou descrição da melhor forma de beijar, a qualidade está muito mais na cabeça dos parceiros que dentro das bocas. Sentimento e emoção são os ingredientes, sem isto o beijo torna-se morno, insosso, indiferente, vazio. O gosto do beijo vai melhorando na exata medida da entrega dos amantes e da veracidade do sentimento.
O segredo que minha amiga ensinou para tornar cada beijo único e inesquecível é beijar sempre como se fosse a última vez. A derradeira despedida. Vivenciar o instante com toda a intensidade, sentir que precisa preservar o momento, segurar o outro com a língua, envolver e ser envolvido, beijar já sentindo a falta e, finalmente, transformar aquele beijo apaixonado em um beijo sagrado. Um beijo inteiro. Um beijo infinito.