quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Perdoar é a melhor vingança


Era um churrasco entre amigos, parceiros há mais de dez anos. Não havia estranhos, um jantar informal de confraternização. Enquanto a carne assava, bebíamos, conversávamos, contávamos piadas, recordávamos aventuras e desventuras vividas conjuntamente ao longo da vida. Lá pelas tantas, fiz uma brincadeira inocente com a filha de um amigo. Disse a ela que talvez ficasse solteira por toda a vida, pois ninguém aguentaria um sogro como seu pai.

Na hora não percebi, mas meu amigo ficou muito chateado. No outro dia, comentou com a esposa que eu havia sido infeliz na brincadeira e não levaria adiante nossa amizade, pois era inadmissível alguém zombar de sua filha e ridicularizá-lo.

Logo que soube, apressei-me em fazer contato e pedir desculpas. Expliquei que talvez tivesse me excedido um pouco no deboche, mas se o fiz, foi por considerá-lo um grande amigo que não se importaria com o gracejo. Jamais imaginaria que aquilo poderia aborrecê-lo tanto e perturbar nossa amizade.