segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Balanço e Interpretação

                               

Não sei se todos sabem, mas a internet é uma ferramenta que além de passar informações para quem está navegando, também fornece dados para quem posta as matérias. Posso saber quantos leitores frequentaram meu site, quais páginas visitaram, artigos mais lidos, mecanismo de acesso ao site, país de origem da busca, horários de maior visita...A privacidade é respeitada, não sei através de qual computador estão acontecendo as buscas, nem as identidades dos visitantes.

Final de ano, tempo para refletir, avaliar resultados, fui olhar as estatísticas.  Algumas descobertas foram interessantes, outras um mistério. Por exemplo, o artigo imensamente mais lido chama-se “Fruir ou Fluir, você decide”. Muito mais que qualquer outro. Não sei a explicação para este fenômeno. Na maioria das vezes, um artigo é lido porque seu titulo chama a atenção e atrai o leitor: “O melhor beijo do mundo” ou “Como encontrar o verdadeiro amor” ou “Alma gêmea”.  Não é o caso do “Fruir”.  Talvez alguns leitores tenham gostado tanto que o utilizem como mantra e releiam com freqüência...

De qualquer forma, os cinco mais visitados são: 1) Fruir ou Fluir, você decide 2) A carta de amor não escrita 3) A verdadeira nudez  4) Como acabar com a concorrência  5) Como calcular a sua idade – segunda edição.

Outra curiosidade, apesar do idioma ser português, quinze por cento dos leitores são provenientes dos Estados Unidos da América.  Serão brasileiros residentes nos EUA? Portugal contribui com apenas 1,5 % das visitas. As estatísticas estão ai, o que fazer com elas?

Interpretar e compreender informações não são obrigatoriamente um reflexo verdadeiro da realidade e sim, nossa representação desta realidade. Não se pode confundir informação com conhecimento. Informação é cumulativa, conhecimento, ao contrário,  é seletivo.

Estamos limitados às ferramentas que possuímos e o modo como significamos as coisas e até mesmo como tomamos decisões é limitado pela qualidade e precisão destas ferramentas, que não são o objetivo em si, mas instrumento para algo maior. Sem critérios seletivos, ficamos ansiosos por ler tudo, assistir tudo, saber tudo. Nesta pressa, alguns ao invés de navegar na internet, naufragam...

Decidi não me apressar nas respostas e fazer uma experiência de ampliação de horizontes lançando o  próximo artigo  com uma versão em inglês. Por que esta idéia? Pelos quinze por cento dos leitores americanos e para aprender um pouco mais sobre o comportamento humano. O que enriquece um homem não é a experiência; é a observação e a extrapolação para outros contextos da vida. É nisso que reside a verdadeira aventura. No que vai dar? Não sei, esperemos pelos americanos...Sem pressa.

A propósito, o ano está terminando ou iniciando? É sobre isto que falo no próximo artigo bilíngüe: “Começo, meio  e fim”. Em breve.

Um comentário:

  1. Acredito que teu público goste de textos que falem da vida e suas circunstâncias, que por sinal são ótimos. Este texto se mostrou muito técnico, e muitos não irão entender como obtivesse essas informações.

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