segunda-feira, 15 de junho de 2020

O que é que há?


Estamos casados há três anos. Sou design de interiores e meu marido trabalha com organização de grandes eventos (shows em ginásios e estádios). Não temos filhos. Nossa rotina, até bem pouco tempo,  era acordar cedo, enquanto um tomava banho o outro preparava a mesa do café,  saboreávamos juntos e em seguida, cada um partia para seu trabalho. Encontrávamos-nos à noite e sempre inventávamos algo diferente pra fazer. Nossa vida era maravilhosa, praticamente ainda estávamos em lua de mel, mas, como nada dura para sempre, surgiu esta pandemia do coronavirus e estragou tudo, nossa vida virou de ponta cabeça.

Eventos com aglomeração de pessoas foram cancelados por tempo indeterminado e sem previsão de retorno das atividades. Com isto, cessaram todas as rendas de meu marido e os afazeres profissionais também. Vivia em reuniões, ensaios, apresentações, viagens, o telefone não parava de tocar; agora, os negócios estão parados e ele paralisado. Com medo de se contaminar pelo vírus, fica trancado em nosso apartamento esperando por dias melhores.

Eu também. Meu trabalho como design já estava andando devagar, agora estacionou de vez. Quem vai pensar em investir na decoração da casa ou do escritório numa hora destas? Não tenho emprego, trabalho como profissional liberal e meus ganhos e compromissos também zeraram. Possuímos algumas economias guardadas que podem nos sustentar por um bom tempo, mas este não é o problema maior.

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Fé ou não Fé?


Este é um artigo sobre fé, se você não tem, não vá adiante, nem perca seu tempo.

Opa! Continuou a leitura. Depois não diga que não avisei. Então, antes de prosseguirmos, é bom deixar claro o que entendo por fé. Convicção intensa, persistente e incondicional em algo ou alguém, ainda que não haja nenhum tipo de evidência objetiva racional que comprove a veracidade da hipótese. Nenhum dos cinco sentidos humanos consegue identificar o objeto da fé, não pode ser visto, ouvido, cheirado, degustado ou tocado, no entanto, existe a certeza da visão e palpação do invisível.

Mais um detalhe, não há espaço para fé e dúvida no mesmo coração, ou seja, ou a pessoa tem fé ou não tem. Não existe um pouquinho de fé, nem meia fé. Também não se deve confundir religião com fé. Religião é uma instituição com missa, culto, oração. Fé é gratidão, confiança, crença. Podem até se misturar, mas não obrigatoriamente. Agora que a fé já está bem conceituada, ainda dá tempo de desistir e fazer outra coisa, pois vamos seguir com fé.  

Uau, ainda aqui? Ou você é muito curioso ou é uma pessoa de fé. Já, já vamos descobrir. Você tem fé nos políticos e governantes? Lembra que não existe meia fé, não é? Acredita que abrindo e fechando cidades, montando hospitais de campanha, decretando regras desencontradas, estão realmente empenhados em defender a população do coronavirus sem nenhum interesse pessoal ou partidário? O poder público será nossa salvação, está escondendo algo ou se encontra completamente perdido? Como está sua fé no governo e tribunais de justiça? Acredita neles? Sim ou não?