quinta-feira, 24 de abril de 2014

Desculpa, foi engano.

Depois de tudo o que vivemos, precisamos ter a sobriedade de ser honestos com nossos próprios sentimentos e admitir que apostamos em nos amar, mas ficamos longe disto.  Foi bom, mas não foi amor.  

Preocupado em não mais repetir o erro, revisei a literatura e descobri que não existe um gene especifico do amor, que dotaria alguns felizardos com esta capacidade e impediria outros. Não se nasce carimbado ou proibido de amar. Ainda bem, estamos salvos. Amor se aprende, constrói, cria, sente. Amor não é complicado para surgir, mas pode ser difícil de manter.

A vida me ensinou que se pode amar várias pessoas ao mesmo tempo. Amo meus pais, meus irmãos, meus amigos. Mas amo do meu jeito e com cada um fui criando um código diferente de amor.

Acontece que amor fraternal é uma coisa e amor entre um casal é outra. A diferença é mais ou menos como andar de carrossel ou de montanha russa. Num você sobe quando criança e fica dando voltinhas sem maiores riscos ou emoções, no outro você só pode entrar um pouco mais crescido, e no inicio, precisa se amarrar prá não cair. Se der certo e aprender a andar, é mais seguro que carrossel e mil vezes mais emocionante. Mas não é para todos. Amor não é o que faz o mundo girar, isto é bebedeira ou labirintite. Amor é o que faz o giro valer a pena.