sábado, 17 de agosto de 2013

Não pergunte que eu respondo

Nascemos. 

E a partir deste momento mágico, inicia nosso treinamento para questionar e responder.
Pais e avós orgulham-se da inteligência de seus bebês quando estes, questionados, apontam rapidamente, sem hesitação, o narizinho e a orelhinha. Mais tarde vem a escola ensinando respostas mais difíceis: “Qual a capital da França?”, “Por que a lei da gravidade faz a maçã cair?”. E, mesmo quando adultos, nosso conhecimento continua sendo testado em provas para faculdades e concursos. 
 Assim, lenta e gradativamente, somos induzidos a acreditar que a vida acontece e se explica através de perguntas e que sempre existirá uma resposta correta.  Dependendo de nosso desempenho, receberemos um conceito e seremos aprovados ou não.

Mas a vida é bem mais que isso. Algumas perguntas terão resposta.  Outras vão produzir mais de uma resposta, e todas estarão corretas. E talvez algumas perguntas sejam irrespondiveis. É preciso saber conviver com esta complexidade. E é justamente aí que algumas pessoas se complicam