terça-feira, 15 de março de 2011

Mulheres na internet

Em seu famoso livro “Homens são de Marte, Mulheres são de Vênus”, John Gray sustenta que o comportamento já vem codificado nos cromossomas: homens se retiram para “suas cavernas” para resolverem problemas, enquanto mulheres “se reúnem e conversam abertamente”.

Homens são diferentes de mulheres. A mulher entra no elevador, aperta o botão do décimo andar e antes de chegar ao destino, já está conversando animadamente com outra mulher e descobrindo um novo restaurante nas redondezas. O homem entra no elevador e fica olhando para o piso ou para o relógio.

Mulheres adoram fazer contatos, se relacionar, perguntar, responder. Mulheres costumam ir ao médico com mais freqüência que homens. Cuidado: nem todas as mulheres são assim, e quando se trata de saúde, 82% das mulheres sentem-se desconfortáveis para discutir o assunto com familiares e amigos. Por motivos variados, também não procuram imediatamente o médico para conversar. Diante da necessidade da troca de informações, surgiu então uma forma alternativa de comunicação, a Internet, oferecendo um canal impessoal e ilimitado de consultas.

O assunto saúde está aumentando a cada dia sua participação na internet, visto que o “Dr Google” atende seus pacientes com uma presteza de dar inveja à qualquer médico. Entretanto, fica devendo no quesito eficiência, pois a maioria dos sites e assuntos postados na internet não possui uma veracidade comprovada dos fatos, nem uma atualização constante, o que constitui um perigo iminente. Navegar buscando relacionar sintomas com diagnóstico e tratamento é um procedimento que está se tornando usual na web, mas que para leigos em medicina, tem um risco enorme de erro.

Apesar disto, pesquisas recentes demonstram que 49 % das mulheres antes de procurarem o médico procuram a internet para investigar questões de saúde. Faz parte da sua natureza. Precisam estar informadas e preparadas para a consulta médica, pois são elas que compram ou influenciam a aquisição de 80 por cento de todas as mercadorias de consumo. Isto inclui 75 % dos remédios vendidos em farmácias. As mulheres também influem em 80 % das decisões de cuidados com a saúde.

Imagine agora se os sites fossem seguros, fáceis de navegar, confiáveis e dirigidos às mulheres. Transparentes, mostrando tudo sobre a empresa ou produto, inclusive as falibilidades. Imagine o percentual que atingiriam as vendas. Mulheres gostam de tudo às claras, querem saber não apenas da marca, mas o que está por trás da marca. O valor do produto ou serviço interessa, mas o posicionamento da empresa também é importante: comportamento ambiental, ética dos administradores, tratamento dispensado aos funcionários, origem e o destino do material utilizado e até mesmo o número de mulheres que ocupam cargos executivos.

A necessidade de conversar sobre saúde e a dependência da web para mulheres realizarem esses contatos é um fato. Estratégias de comunicação podem ser desenvolvidas no sentido de deixá-las tranqüilas sobre o conteúdo, clareza e idoneidade das informações, porém mais importante do que isto, talvez seja a facilidade de acesso e retorno de informações solicitadas bem como uma identificação da empresa com a saúde da mulher e sua atuação na comunidade. Afinal de contas, junto a uma grande mulher, sempre existe uma ótima oportunidade de sucesso. Enfim, não seja apenas mais uma gota no oceano onde as mulheres navegam, transforme-se nas águas límpidas onde elas vão querer mergulhar.

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