Gosto de escrever na primeira pessoa do singular como se estivesse narrando a crônica. Eventualmente surgem confusões pois o escritor é confundido com o personagem e a vida real se confunde com a ficção. Temos mostras de sobra de que a realidade supera em muito a ficção, mas isto agora não é o mais importante...
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Fictícios ou não, também não importa. Minha intenção ao colocar os artigos na web sempre caminha na direção do crescimento pessoal. Meu e dos leitores. As idéias é que são importantes, os fatos são circunstâncias. A veracidade ou não das histórias acaba sendo um privilégio, ou sacrilégio (como queiram) dos que partilham da minha intimidade.
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Dito isto, transcrevo a réplica que ansiava por receber depois da carta enviada no artigo anterior "Não entendeu, não sentiu e não aproveitou".
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Entendam, sintam e aproveitem...
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Discordo! O problema não é pensar demais. É agir de menos! Não achas que quando bate essa saudade enorme de mim, eu deveria ficar sabendo? Por que não ligas e me contas sobre isso? Eu seria feliz durante a semana inteira... E te digo mais: talvez até confessasse que também sinto saudades de ti! Não seria fantástico?
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Os perigos a serem enfrentados realmente existem. Mas, nada se assemelha às sabotagens que nós mesmos criamos. Aos medos internos incutidos e reverenciados com demasiado zelo durante tantos anos. O temor ao fracasso é tão exagerado, que nem ao menos nos damos a chance de tentar. E, assim, matamos todas as possibilidades... as que, eventualmente, dariam certo... e as outras também! Como poderemos nos considerar otimistas depois disso?
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Tens absoluta razão (e para se chegar nesse ponto foi necessário pensar!). Não somos mais adolescentes inconsequentes. Somos adultos que contradizemos nossos próprios instintos e vontades. Não agimos, não fazemos, não satisfazemos, não realizamos, não construimos nada juntos, nada que se refira a nós dois... nem desejos, nem fantasias, nem sonhos, nem castelos, nem livros, nem histórias de amor com final feliz!
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É verdade: apesar do tempo, distância, obstáculos, transtornos, dificuldades, discussões e dos "n" acontecimentos que nos afastaram, a afinidade que um dia nos uniu permanece viva (ainda que em estado latente!) após tantas décadas!
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Mas, pergunto eu a tua alma inquieta: que atitudes pretende tomar de agora em diante?
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Quais tuas expectativas em relação a ti mesmo? E em relação a mim?
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Ambos temos a absoluta certeza de que nada é fácil! Muito antes pelo contrário!
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Mas, a única coisa que eu espero... é que não pretendas que te leve o megafone!
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Beijos!
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