domingo, 6 de abril de 2008

Como calcular a sua idade

O cálculo da idade cronológica é simples: subtraia o ano que você nasceu de 2008 e poderá saber quantos anos você tem. Se quiser ser mais específico, poderá calcular inclusive os dias e minutos de sua existência. Infelizmente a maioria das pessoas mede a idade por este método, e a partir do resultado passam a fazer considerações generalistas.
Dizer que alguém tem 40 ou 50 anos de idade, significa apenas dizer que aquela pessoa está no mundo durante aquele período, nada mais. Existem outras medidas de idade, além da cronológica, que podem dar uma idéia mais precisa do perfil de um indivíduo do que simplesmente os anos de existência.



O tempo corre com a mesma velocidade para todos, mas nem todos o utilizam da mesma maneira. Cada indivíduo tem seu próprio calendário. O tempo que cada um passa dormindo, assistindo TV, trabalhando, comendo, escovando os dentes, fazendo amor, falando ao celular, fazendo exercícios, vai determinar como andará seu relógio biológico.


Existe também a idade emocional, que não pode ser medida de maneira precisa. Quando você sofre uma frustração na vida pessoal ou profissional, ainda reage da mesma maneira que fazia quando tinha sete anos de idade e o coleguinha lhe tirava seu brinquedo preferido? Fica emburrado, grita, chora, sai agredindo, pensa em vingança? Sua idade emocional corresponde a sua idade cronológica? Algumas pessoas envelhecem mais cedo justamente porque não amadurecem e passam a lutar desesperadamente contra os ponteiros do relógio. Não se assuste, não existe medida exata dos sentimentos, e este é um dos problemas atuais da humanidade: imaturidade emocional em vários graus. A boa noticia é que pode ser realizado um trabalho no sentido de uma evolução e amadurecimento.


Também a idade cultural necessariamente não acompanha a cronológica nem a emocional. Existem pessoas estacionadas culturalmente na infância enquanto outras estão décadas adiantadas no tempo. O mesmo raciocínio vale para a idade em termos de saúde e envelhecimento, que não é apenas dependente da passagem do tempo. Trinta por cento da saúde dependem de herança genética, enquanto os setenta por cento restantes vão depender de como cada um administra as 24 horas que lhe são oferecidas diariamente. Alguns são velhos aos cinqüenta, enquanto outros esbanjam vitalidade aos oitenta.


Tanto a idade cronológica como as aparências podem enganar. Um corpo esbelto e bronzeado não reflete o colesterol sangúineo, a taxa de açúcar, um processo inflamatório, os níveis de pressão arterial, a densidade óssea, etc.


Assim, podemos ter uma mesma pessoa com 50 anos de idade cronológica, aparência de 35, idade emocional de 15, cultural de 70, e em termos de saúde e envelhecimento corresponder aos cinqüenta anos cronológicos ou não.


Para que importa saber a idade afinal? O que a idade reflete? Quem criou estes parâmetros de tempo e de idade foram os homens, e a passagem do tempo não deve ser encarada como uma perda. Se todos os esforços se concentrarem na luta contra o envelhecimento, a derrota é certa.


A passagem do tempo deve ser encarada como uma conquista. O tempo nos dá a chance de amadurecermos, de cuidarmos de nossa saúde, de valorizarmos nossas qualidades, de termos até um certo carinho pelos nossos defeitos, de sermos livres para escrever a nossa história e de envelhecermos. Envelhecer não é preocupante, ser visto como um velho é que é o problema.
Daqui para a frente não tenha mais uma idade definida em anos, porque isto não exprime a realidade. Tenha a vida. Tenha como medida de sua existência a qualidade de vida desfrutada até agora e tudo o que ainda resta por viver. Meça a sua idade em qualidade e não em quantidade. Faça com que os anos que você está neste mundo não tenham sido apenas números, e sim vida.
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